ES: Mãe é presa suspeita de matar filho recém-nascido com tesoura
Uma mulher de 27 anos foi presa, na manhã desta quarta-feira (3), suspeita de matar o próprio filho com um golpe de tesoura, no bairro Itararé, em Vitória. O crime teria sido praticado logo após ela dar à luz, no banheiro da própria casa.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Nicolle Perúsia, o bebê teria nascido na madrugada de terça-feira (2). Ao marido e familiares, a suspeita disse que não sabia da gravidez e, por conta disso, não suspeitou quando começou a sentir as dores do parto.
A mulher deu à luz sobre o vaso sanitário, onde a criança teve o cordão umbilical cortado e o peito ferido com um golpe de tesoura.
Ao ver o bebê ferido, o marido e familiares da mãe entraram em contato com o Samu, que enviou uma equipe ao local. A mãe e o corpo da criança foram levados para a Pró-Matre, onde ficou constada a lesão.
À primeira equipe que atendeu ao caso, a suspeita reafirmou que não sabia da gravidez e apresentou um exame do dia 8 de maio, com resultado negativo. Em defesa, ela alegou que poderia ter ferido o bebê quando foi cortar o cordão umbilical.
“Como o corte estava muito profundo, eu fui ao hospital para conversar com ela. Friamente, sem esboçar emoção ou sentimento, ela falou que não agiu dolosamente contra o filho. Disse que cortou sem olhar e que pode ser que o atingiu sem querer”, disse a delegada.
Desconfiada, a polícia foi até o laboratório onde o exame havia sido realizado. “Descobrimos que ela fraudou esse resultado, porque nos dados do laboratório o resultado do dia 8 estava positivo. Ela forjou para esconder a gravidez do marido e da família”, completou Nicolle.
Banheiro onde a criança foi morta
Em seguida, a delegada conversou com o médico que examinou a criança. “Ele falou que o bebê apresentava hematomas nas bordas da ferida, do osso externo, na cartilagem da pele e coração, e que isso indicava reação vital. Ou seja, ele nasceu vivo”, declarou.
Munida das provas, a polícia voltou a conversar com a jovem, que confessou o crime e a falsificação do exame. “Ela disse que o marido havia comentado que não queria ter filhos, e ela ficou com receio de falar. Tudo indica que tudo foi planejado”.
Assim que recebeu alta hospitalar, ela foi detida por policiais da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vitória. Ela foi encaminhada para o Centro de Triagem de Viana.
Pelos crimes, ela deve responder por homicídio qualificado por motivo torpe, com pena de 12 a 30 anos de detenção, além de uso de documento falsificado, que pode resultar de um a cinco anos de reclusão.
Fonte: G1-ES
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