Ibirapuã diz não a expansão do eucalipto no município

Aconteceu na manhã desta terça-feira (26), na cidade de Ibirapuã, mais uma reunião para discutir ações que serão tomadas contra a expansão do plantio de eucalipto no município.

Participaram da reunião o prefeito Calixto Ribeiro, o Secretário de Agricultura e meio Ambiente, Vinícius Chácara, o vereador Gilmar Reidher, representante do Juazeiro, o vereador Chapadinha, presidentes de sindicatos e associação de moradores, a Secretária de Educação Edelnice Bom Jardim, a ex vereadora e autora da Lei que delimita o plantio de eucalipto no município Elizabeth Rocha e professores.

Durante a reunião foi debatido os prejuízos que serão causados ao município se as empresas continuarem plantando eucalipto.  O município de Ibirapuã tem uma agropecuária e pecuária fortes, base da economia local.  O leite e o gado de corte, bem como a plantação de cana de açúcar e ouras culturas garantem emprego e renda que a cidade precisa para continuar desenvolvendo e o plantio de eucalipto não gera nem emprego nem renda, segundo o prefeito.

Todos foram unanimes em dizer que são contra a expansão do plantio de eucalipto porque gera desemprego. Quando o pequeno produtor vende sua terra e vem para a cidade aumenta o êxodo rural, e sem especialização, aumenta as estatísticas do desemprego, disse o secretário Vinícius Chácara.

Já para o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Ibirapuã, Antônio Pinho, são muitos os malefícios encontrados, uma delas é a diminuição da população rural e consequentemente da população do município. O presidente também citou as empresas que existem na cidade e a geração de emprego e renda que elas proporcionam, ao contrário do eucalipto que não gera nem emprego nem renda, ao contrário, só causam destruição, principalmente no meio ambiente.

Pedro Rocha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibirapuã, disse que “Ibirapuã não precisa de uma cultura só, precisa de várias culturas. Não temos nada contra o cultivo do eucalipto, mas, Ibirapuã precisa diversificar, porque não é só o eucalipto, temos a pecuária, que gera leite, gera centenas de empregos, temos a Agro Unione, empresa que gera vários empregos, e outras empresas, agricultura familiar”.

Genivaldo Pires, representante da Associação de Moradores de Ibirapuã, se posicionou contra a expansão do plantio de eucalipto e justificou “Eu acho que o eucalipto para o município é um atraso de vida para o pequeno agricultor”.

Autora da Lei que delimita o plantio de eucalipto no município, a ex-presidente da Câmara e professora, Elizabeth Rocha, a popular “Beta”, foi enfática em dizer“Nós não vamos tolerar, não vamos aceitar. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance dentro da legalidade dentro de toda a mobilização da sociedade para que a gente consiga mais uma vez parar a expansão do plantio de eucalipto no município de Ibirapuã”.

Gilmar Oliveira (Val), presidente da Câmara de Vereadores disse que a Câmara de Ibirapuã vai dizer não a expansão de eucalipto, com certeza, juntamente com o prefeito Calixto, com a Secretaria de Meio Ambiente e todos os órgãos que lutam para o bem-estar da cidade de Ibirapuã.

O secretário Vinícius Chácara informou que além das áreas plantadas há no município mais de 18 mil hectares de eucalipto plantados pelas  empresas de celulose, e não tem mais de que de 10 funcionários “nossa preocupação é com o meio ambiente, com o social, eles devem muito sobre isso, o que prometeram há 20 anos, sobre o social não cumpriram, somos totalmente contra. Apoiaremos a sociedade, que estará junto com a gente nas ações, na área de educação. Ibirapuã não consegue mais encaixar o plantio de eucalipto” concluiu Vinícius.

Vinícius disse que Ibirapuã precisa de diversidade, de mais empresas como “a Usina de álcool, que é uma geração de emprego espetacular, a Belo Fruit, uma das maiores exportadoras de mamão do país e está aqui, a Davaca, um exemplo, diferenciada, uma das maiores empresas do Norte/Nordeste”. Conforme o secretário, a sociedade está unida no objetivo de “defender o município por meio de ações, manifestações que possam coibir o plantio de eucalipto no município”.

O prefeito de Ibirapuã, Calixto Ribeiro, falou sobre as grandes indústrias de Ibirapuã, as quais geram emprego e renda. Sobre o eucalipto, disse que “não queremos mais plantio de eucalipto, estamos lutando muito para que não haja mais plantio de eucalipto. Eles não cumpriram nada do que prometeram, a recuperação do meio ambiente, o social e a geração e emprego, nada disso aconteceu, estou esperando que eles cumpram o que foi prometido” finalizou o prefeito.

Ao final da reunião ficou definido as próximas ações, entre elas uma grande mobilização que que acontecerá no dia 17 de agosto, envolvendo moradores da zona rural, estudantes, professores, sindicatos, sociedade organizada e o poder público para dizer não a expansão do eucalipto.

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