Infectologista explica transmissão da febre amarela

Após surto de febre amarela no interior de Minas Gerais, o receio é de que o vírus se alastre pelo país
A região do interior de Minas Gerais sofre com o aumento de infectados por febre amarela silvestre. Já são mais de 30 mortes e cerca de 130 casos sendo investigados pelo Ministério da Saúde. O vírus da doença pode ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti nas áreas urbanas e pelo mosquito Haemagogus nas áreas rurais. Por enquanto, o surto ainda não chegou nas grandes cidades. No entanto, a infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Andreia Maruzo Perejão, alerta sobre a possibilidade de – se não houver um combate já nas primeiras notificações de febre amarela – o vírus alcançar a área urbana.
“Os principais sintomas de quem contrai a doença são febre, pulso fraco, cefaleia, calafrios, prostração, náuseas e vômitos durante cerca de dois ou três dias”, explica a infectologista. Caso evolua para quadros mais graves, como diarreia, sangramentos, icterícia e insuficiência hepática e renal, a febre amarela pode até levar à morte. “Não há um tratamento específico, apenas amenizar os sintomas com medicamentos e acompanhamento médico”, informa Dra. Andreia.
Uma das principais forma de prevenção é o combate aos mosquitos transmissores. No entanto, como este controle é extremamente difícil, principalmente em época de altas temperaturas e em locais próximos de mata, o ideal é a vacinação para todos que moram ou vão viajar para as áreas de risco. Contudo, a infectologista explica que há algumas contraindicações para a aplicação da vacina. “É uma vacina de vírus vivos, o que limita seu uso em imunodeprimidos, como gestantes e lactantes. Também pessoas que são alérgicas a ovo não podem recebê-la”. A vacina para febre amarela tem duração de 10 anos e, após ultrapassar esse período, é recomendado somente um único reforço atualmente no Brasil.

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