Itabatan: Mulher passa mal; A mãe chama o SAMU, que atende mal e ainda leva a Polícia

O fato aconteceu há um Mês atrás. Mas a família só agora resolveu falar.

No dia 23 de agosto a Sra. Ivanete Olive. Viana de Jesus, 44 anos começou a sentir dor de cabeça.

Dona Ivanete tem um problema de saúde e quando sente dores de cabeça, ela passa muito mal e se não for medicada com rapidez a dor aumenta a ponto de ela ter convulsões.

Sendo assim, na hora que Dona Ivanete começou a reclamar da dor de cabeça, a sua mãe, Dona Lindalva Gomes Oliveira, 65 anos começou a ligar para o SAMU.

Do outro lado a pessoa que atendeu dizia que dor de cabeça não era motivo para chamar o SAMU e ainda por cima insinuava que ela estava passando trote.

Enquanto isso, Dona Ivanete reclamava que a dor de cabeça aumentava e gritava muito.

Após várias tentativas em vão de Dona Lindalva, a sua filha tentou correr pra rua, pois não aguentava mais a dor. Ela foi contida por Dona Lindalva e por sua irmã que é agente de saúde. Vale lembrar que Dona Lindalva está recém operada e ao tentar conter a filha sofreu uma pancada no local da cirurgia.

Ao ser impedida de sair pra rua, Dona Ivanete caiu em convulsão e desmaiou.

Nesse momento a outra filha de Dona Lindalva que é agente de saúde, ligou novamente para o SAMU e foi atendida por uma pessoa que se identificou como Dra. Morgana.

Dra. Morgana continuou duvidando da veracidade da ligação e continuou a suspeitar de trote.

Depois de muito tempo, a Dra. Morgana informou que autorizaria o atendimento mas que também enviaria a Polícia e que se a suspeita de trote se confirmasse, a autora das ligações seria presa. Pois bem, minutos depois uma viatura do SAMU chegou até a casa de Dona Lindalva acompanhada de uma viatura da Polícia Militar com dois policiais a bordo.

O que a família de Dona Lindalva quis mostrar ao divulgar o acontecido, é que além de tudo fica a questão do constrangimento. Hoje em dia quando se vê uma viatura da Polícia na porta de alguém, geralmente as pessoas relacionam com algo errado, envolvimento com crime, drogas ou algum escândalo de qualquer espécie.

Todos nós sabemos que o trote é um problema para entidades como o SAMU, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e etc. Mas e ai?

Até onde sabemos, ainda não encontraram uma formula eficiente de acabar com este problema.

Que algo tem que ser feito, isso é público e notório. Mas enquanto isso não acontece, o santo não pode pagar pelo pecador.

As pessoas que sofrem um acidente ou que passam mal de repente, não podem ficar a mercê de meras desconfianças de quem está do outro lado da linha.

Além do mais, esse não é o primeiro caso de problema com atendimento do SAMU em Itabatan. No mês de junho, um senhor idoso caiu de moto na Av. Itapetinga e enquanto ele gritava sentindo muitas dores, os moradores do local e outras pessoas que passavam pelo local, ligavam para o SAMU que acabou não vindo atender o acidentado.

Depois de desistirem, as pessoas levaram o senhor para o Hospital num automóvel comum, o que potencializa e muito o risco de agravar as consequências de uma fratura. E vale ressaltar que ao ser atendido no Hospital São José ficou constatado que o idoso estava com fratura na costela.

No outro dia, a coordenadora do SAMU em Mucuri, disse que a central de Teixeira de Freitas não havia recebido as ligações de Itabatan. Mas nós conseguimos provar que as ligações foram feitas e pra piorar naquele horário a viatura de Itabatan estava disponível.

Outro problema que agrava bastante o problema de atendimento do SAMU (e não são os trotes), é o fato de que toda ligação pedindo atendimento vai para uma central em Teixeira de Freitas e essa central é que vai autorizar ou não o envio da unidade de atendimento.

Sabemos que a burocracia emperra e atrapalha muita coisa nesse país. Mas não há nada que não possa ser mudado. Ainda mais quando se trata da preservação da saúde e da vida das pessoas e o que nós aprendemos pela vida a fora é que muitas vezes a distância entre a vida e a morte é questão e milésimos de segundos.

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