Nunca houve virada no 2º turno para a Presidência; nos Estados, foram raras

O sistema eleitoral no Brasil adotou a possibilidade de 2º turno na Constituição de 1988. A primeira eleição que usou esse dispositivo foi a presidencial de 1989.

O Brasil teve 93 eleições para governadores disputadas no 2º turno. Em apenas 27 delas houve uma virada na 2ª fase do pleito –quando o concorrente que termina o 1º turno na frente depois é derrotado pelo seu oponente que estava em desvantagem.

No caso de eleições presidenciais, houve 5 disputas. Em todas elas não houve nenhuma reviravolta no 2º turno. O presidenciável que estava na frente durante o 1º turno ganhou a eleição na rodada final de votação.

Neste ano, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) disputarão o 2º turno ao Palácio do Planalto. Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em números arredondados, Bolsonaro obteve 46% dos votos válidos e Haddad 29%, uma diferença de 17 pontos percentuais entre eles.

Em 2002, por exemplo, Lula (PT) obteve 46,4% dos votos contra o José Serra (PSDB), que pontuou 23,2%. A diferença entre o 1º e o 2º colocado era de 23,2 pontos percentuais. No 2º turno, Lula venceu o tucano com 61,3% dos votos válidos, 1 crescimento de 14,9 pontos. Serra terminou o pleito com 38,7%– subiu só 15,5 pontos.

Eis abaixo uma tabela sobre a evolução dos candidatos no 2º turno para à Presidência.

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Disputa nos Estados

Haverá 2ª turno em 13 Estados e no Distrito Federal. Nos outros 13, a decisão foi no 1º turno (Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pernambuco, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo).

Segundo o levantamento feito com dados do TSE, viradas em disputas estaduais são raras, mas não impossíveis. Nos 93 casos em que houve 2º turno, em 27 (29%) ocorreu uma reviravolta.

Nessas 27 viradas, apenas 5 casos se deram quando a diferença entre o 1º e o 2º colocado era maior do que 10 pontos percentuais. Em todos os demais, os candidatos terminavam muito próximos no 1º turno.

No caso de Bolsonaro e Haddad, a diferença é de aproximadamente 17 pontos percentuais. Só uma vez na história de eleições para governador houve 1 caso em que o segundo colocado reverteu uma diferença tão grande no 2º turno. Foi uma ocasião especial, em 1994, quando Eduardo Azeredo (PSDB) teve 27,2% contra 48,3% de Hélio Costa (PP) –uma diferença de 21,1 pontos percentuais. No 2º turno, deu Azeredo com 58,6% e Costa com 41,3%

Naquele ano de 1994, o PSDB venceu em vários Estados e Fernando Henrique Cardoso ganhou o Palácio do Planalto no 1º turno. Era o auge do Plano Real, que derrotou a inflação no Brasil. Todos os tucanos se beneficiaram disso. Foi 1 caso de virada de grande magnitude (reversão de 21,1 pontos) que nunca mais se repetiu na história de eleições para governador nem para presidente.

Eis os números:

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