São Mateus: Família acusa hospital por morte de paciente após o parto

A família afirma que o parto demorou a ser realizado, o que causou a morte da paciente e um quadro de infecção no bebê

ilustra_depressao_26112012061118
A família de uma mulher que morreu 11 dias após dar à luz em São Mateus, no Norte do Estado, culpa o hospital por negligência. Os parentes afirmam que a demora para a realização do parto pode ter contribuído para a morte de Carla Nobre Barbosa de Souza, de 33 anos.

De acordo com o marido de Carla, Luciano da Silva Costa, a esposa começou a ter contrações no dia 15 de novembro e foi internada no Hospital Maternidade de São Mateus. Porém, a cesárea só ocorreu na tarde do dia seguinte.
“O médico a mandou caminhar na rampa, mas ela começou a ficar muito inchada. Ela foi internada às 17 horas do dia 15 e a bolsa rompeu às 2 horas do outro dia. Ela começou a perder muito sangue e ele falava que era normal. Mandou continuar caminhando e a examinava de hora em hora. Como ela não tinha passagem disse que faria uma cesariana, mas o plantão trocou e outro médico fez o parto depois do meio-dia”, contou o marido de Carla.
Segundo a família, durante o parto o bebê contraiu uma infecção pulmonar e insuficiência respiratória. Ele foi transferido para o Hospital Meridional, onde está internado na UTI Neonatal (UTIN). “No parto perceberam que o bebê havia defecado na barriga da mãe e acabou engolindo o líquido. Com isso acabou adquirindo a infecção”, afirmou a irmã de Carla, Viviane Nobre Barbosa.
A mãe recebeu alta dois dias depois do parto, mas no dia 21 voltou a ser internada com inchaço na barriga e nas pernas. Seis dias depois não resistiu e morreu. “Ela voltou pra maternidade e disseram que ela estava com muitos gases, que precisava caminhar para o inchaço diminuir, mas que era tudo normal. No domingo ela disse que estava cansada, com dificuldade de respirar, então, quando viram que a situação era grave, a encaminharam para o Roberto Silvares. Quando a receberam ela já estava desfalecendo. Tentaram reanimá-la três vezes mas não conseguiram”, contou Viviane.

O laudo do Serviço de Verificação de Óbito, do Instituto Médico Legal (IML), diz que a causa da morte foi por embolia pulmonar, devido uma trombose venosa profunda, pós-parto tardio. A família acredita que a morte de Carla e o quadro grave em que se encontra o bebê, são resultado de negligência.

“A bolsa rompeu e o parto foi deixado para outro médico realizar no dia seguinte. Foi negligência total”, frisou a irmã de Carla.
A direção do Hospital Maternidade de São Mateus informou que ainda não recebeu o laudo cadavérico da paciente e só irá se manifestar sobre o assunto após a chegada do documento. (Com informações de Serli Santos, da TV Gazeta Norte)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *