Teixeira: registro de pessoas com AIDS se multiplicaram

O Sulbahianews foi até a Vigilância Epidemiológica de Teixeira de Freitas para saber mais sobre o número de casos de pessoas infectadas com o vírus do HIV (sigla em inglês que significa Vírus da Imunodeficiência Humana), causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), tratados em nossa cidade.

De acordo com Rosidalva Barreto, coordenadora da vigilância, os casos de AIDS, de 2012 até hoje foram: 11 pessoas em 2012; 12 pessoas em 2013; 57 pessoas em 2014 e, 46 pessoas até maio de 2015. Desse total de 126 pessoas, tiveram 44 pessoas do sexo masculino e 82 pessoas do sexo feminino. O número de óbitos foi: 09 pessoas em 2012; 06 pessoas em 2013; 02 pessoas em 2014 e 01 pessoa em 2015. Confira tabela:

Sendo que, o número de pessoas que faleceram, não necessariamente está registrado dentro desses anos pesquisados. Esses dados são somente de pessoas residentes em Teixeira de Freitas e que escolheram fazer o tratamento na cidade.

Rosidalva fala que a principal fonte de dados é o CTA (Centro de Testagem e Acompanhamento) de Teixeira de Freitas, que é responsável pelo tratamento de pessoas infectadas com HIV, e atende, também, as cidades circunvizinhas.

Antigamente falava-se em grupo de riscos para aquelas pessoas que, segundo pesquisas, tinham mais chances de contrair a doença, como homossexuais e usuários de drogas, mas esse tipo de definição não se aplica mais. Qualquer pessoa que pratica sexo sem camisinha ou que entre em contato com secreção de um soro positivo pode contrair a doença.

“A gente viu que, na verdade, muitos homens que contraíram a doença passaram para muitas mulheres, às vezes em relações extraconjugais”, diz Rosidalva, que enfatiza o fato que não há restrição de grupo.

Ela também atenta ao fato que os dados que mostram que as mulheres são a maioria de pessoas soro positivas podem ser que seja por que as mulheres procuram mais o sistema de saúde, e os homens rejeitam mais o tratamento.

Uma coisa que chama a atenção nos dados é que até o mês de maio de 2015 o número quase equivale a todo ano de 2014, podendo dobrar o número de casos até o final do ano. Rosidalva diz que não necessariamente houve um aumento, mas mudou-se a forma de registrar as pessoas soro positivas, levando em consideração todos os casos de resultados de exame.

Caso a tabela mostre a evolução real, pode-se afirmar que o número de casos de AIDS dobram por ano em Teixeira e se multiplicou de 2012 até hoje.

A AIDS é uma doença que derruba nossa imunidade, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, como a candidíase oral (“sapinho”), que acaba aparecendo na boca e se estende no aparelho digestivo, isso por que o paciente com HIV não tem proteção contra bactérias, diz Rosidalva. O paciente soro positivo pode morrer de pneumonia, de câncer de pele, e qualquer tipo de bactéria que em uma pessoa normal não levaria a nada, em uma pessoa com AIDS pode levar a morte.

AIDS não tem cura, e perguntamos para Rosidalva, do que vale então o tratamento, segundo ela para melhorar a qualidade de vida e dar longevidade. Além do fato que a medicação controla o vírus e faz com que ele não se desenvolva, e a aparência da pessoa continua normal.

O HIV está presente: no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno. Os tipos de contágio podem ser através: do ato sexual sem camisinha (vaginal, anal ou oral); da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

Caso a pessoa tenha suspeita de ter contraído AIDS é necessário procurar o CTA de Teixeira, que fica localizado na Rua Guanabara, 216, bairro Recanto do Lago, que fará o exame completo. Caso a pessoa seja soro positivo iniciará o tratamento e periodicamente fará um exame de carga viral para saber se o vírus está controlado pela medicação.

Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente o coquetel antiaids para aqueles que necessitam de tratamento, em 2012, 313 mil pessoas receberam regulamente os remédios.

A janela imunológica do HIV é de três meses. Caso a pessoa tenha contato com alguma secreção de uma pessoa soro positivo é necessário buscar o auxilio do CTA para realizar os exames.

Fonte: SulBahianews

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